Fotógrafa recém-chegada da Alemanha pratica stand up paddle na lagoa do Centro de Lazer

Após mais de duas décadas vivendo na Europa, a fotógrafa Suilian Richon decidiu trocar o velho continente pelo interior paulista. De volta ao Brasil, escolheu Morro Agudo como novo lar e, agora, busca maneiras de se conectar com a cidade e aproveitar seus espaços. “Eu já me considero uma cidadã morragudense e honro meus pés vermelhos da mesma forma que tenho orgulho do meu país”, disse.

Nesta segunda-feira (24), Suilian resolveu se aventurar em uma prática esportiva pouco comum na região: o stand up paddle. O local escolhido foi a lagoa do Centro de Lazer Municipal, um espaço que, no passado, servia para o abastecimento da cidade e que chegou a ser ponto de pescaria, prática que foi proibida pelo Judiciário. Atualmente, a lagoa não é utilizada para lazer.

A prática, no entanto, chamou a atenção da Defesa Civil local. Como a lagoa tem restrições para atividades recreativas, os bombeiros orientaram a fotógrafa sobre os riscos envolvidos. Suilian destacou que seu objetivo não era apenas a diversão, mas também um convite à reflexão. “Sou incentivadora do estilo de vida “outdoor” para adultos desde 2016, envolvendo atividades como MTB, Speed Bike, Arco e flecha, camping , trilhas e Stand Up, buscando aliar qualidade de vida e consciência ambiental, e principalmente a reconexão homem/mundo natural”, afirmou.

Suilian já participou de diversos cursos na academia do engenheiro florestal alemão e autor do best-seller “A Vida Secreta das Árvores”, Peter Wohllebens, de onde vem seu interesse por causas ambientais e busca de soluções com ações pedagógicas

Para ela é “no minímo intrigante”, por se tratar de pratica de um esporte “silencioso, relazante, que não deixa resíduos e não constitui quaisquer ameaça à flora e fauna local”. “Fui gentilmente convidada a retirar a minha prancha da água, onde a pesca também proibida não sofre a mesma intervenção”. “Não me vejo como uma predadora, não me sinto uma trangressora, por jogar minha prancha na água pra dizer que a represa pede socorro – peixes e água contaminados”, disse ela.

*Bombeiros fizeram orientações sobre a prática na lagoa*

Os bombeiros informaram ao EA1 que não há legislação local específica sobre a prática, e que fizeram orientações por questões de segurança. Informaram ainda que por se tratar de uma nova modalidade na cidade é necessário alinhamento com a Prefeitura Municipal.

Com olhar atento de quem enxerga novas possibilidades por trás das lentes e do remo, Suilian parece determinada a explorar Morro Agudo de maneira única. Se depender dela, o cenário da cidade pode ganhar novas cores – e, quem sabe, novas formas de uso. “Porque não aliarmos nossas forças afim de defender nossos interesses, que são bem maiores e comuns?”, finalizou.

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