A Justiça Militar determinou, nesta quinta-feira (3), a soltura do policial militar Artur Filgueiras Cintra, de 28 anos, suspeito de ter matado, com um tiro na cabeça, o comerciante João Victor Rangon, de 27 anos, durante uma abordagem após perseguição em Orlândia (SP). Inicialmente, Cintra havia tido a prisão preventiva decretada, a ser cumprida no Presídio Romão Gomes, em São Paulo. No entanto, ele foi liberado após passar por audiência de custódia com o juiz de garantias da 5ª Auditoria Militar Estadual (AME).
O caso foi encaminhado à Justiça Comum, onde, em uma audiência anterior, o policial já havia conseguido o benefício da liberdade provisória mediante o cumprimento de medidas cautelares, após ser preso em flagrante.
Perseguição e abordagem
O comerciante João Victor Rangon morreu na madrugada da última quarta-feira (2), após ser atingido por um disparo durante uma abordagem policial. De acordo com o boletim de ocorrência, João Victor estava dirigindo um Ford Focus quando ignorou uma ordem de parada, iniciando uma perseguição por volta da 1h.
Na Avenida Quatro, no centro de Orlândia, os policiais conseguiram cercar o veículo e forçaram sua parada. Câmeras de segurança registraram o momento da abordagem e agressões contra o irmão de João Victor, Gabriel Henrique de Moura Rangon, de 24 anos.
Segundo o boletim, a arma de um dos policiais disparou e atingiu a cabeça de João Victor, que foi socorrido, mas já chegou morto ao hospital. Gabriel sofreu ferimentos no braço e punho. Nada de ilícito foi encontrado no carro ou com os homens.
Em depoimento à Polícia Civil, o policial Artur Cintra optou por permanecer em silêncio. No entanto, um colega de Cintra, que também estava na operação, afirmou ter ouvido dele que o disparo foi acidental. A defesa do policial militar declarou que, durante as investigações, buscará provar a legalidade da ação policial.
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